quinta-feira, 8 de março de 2012



ESSA PESSOA TÃO LINDA

Pensar que a mulher é tão-somente
A fêmea onde semear,
Vais errar, se quiser.
Contrariando essa beleza infinda,
Em sendo o sol um pessoa linda,
Uma pessoa tão linda,
Pra lá do encanto da nudez
Dos seios, coxas, lábios e barriga
Há muito mais ainda
Na efervescência de vida
Explodindo à flor da tez.
São tantos os segredos dos olhos,
Quantos hão de ser os silêncios da boca
E todos os sonhos escondidos,
Perdidos em gestos de impulsividade louca,
Querer negá-la que o prove,
Se a lua ilumina à luz do sol,
Essa pessoa tão linda
que “pur si so muove”

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

CARNAVAL, ALEGRIA DO POVO

Deixa-me sonhar é carnaval, é alegria,
Deixa o Brasil parar e se transformar
No país das maravilhas.
Veja, não há crises, tudo bem, melhor não há,
Tristezas não pagam dívidas,
Deixa eu me fantasiar.
Hoje eu sou credor,
Sou imperador nessa “ Belíndia”,
Sou arlequim, pierrô,
Sou colombina nessa avenida,
Que pena que o real, o carnaval,
São só três dias,
Bom se mudasse essa história,
Uma medida provisória, que maravilha!
Bumba, meu boi
Eia, meu boi, bumbá,
Diz no pé, ô, abre alas,
São José vai desfilar.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

FELICIDADE E O DIA MUNDIAL DA JUVENTUDE...



FELICIDADE
(Composição: Itamar Socrates e João Muranga).
Basta ter tudo o que é preciso,
Precioso é ter o essencial,
O sal, o sol e o seu sorriso
Tudo o mais simples, natural...
Tendo eu, você, comigo
Um pouco mais que a eternidade,
Mais a sorte de amar amigos,
Isso quer dizer felicidade...
Ser feliz não é nenhum direito
É o destino para o qual nós fomos feitos,
É a lei, o Verbo verdade,
Que o menor direito é a dignidade.
O pão, o trabalho, a casa,
A mãe, o pai, a pátria-vida,
Um branco, um negro, o homem,
A palavra, as vozes, o canto,
No tempo o sacrifício de ser,
Vale à pena o ofício viver,
Isso quer dizer
Felicidade...
( Isso quer dizer felicidade )




CLUBE DA ESQUINA 2
Composição: Lô Borges/Márcio Borges e Milton Nascimento
Por que se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania
Nem lembra se olhou prá trás
A primeiro passo asso asso ...
Por que se chamavam homens
Também se chamavam sonhos
E sonhos não envelhecem
Em meio a tantos gases lacrimogênios
Ficam calmos calmos calmos...
E lá se vai
Mais um dia
ah ah...
E basta contar compasso
E basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz canção
E o coração na curva de um rio rio rio rio...
De tudo se faz canção
E o coração na curva de um rio ...
E lá se vai...
mas um dia
E o rio de asfalto e gente
Entorna pelas ladeiras
Entope o meio fio
Esquina mais de um milhão
Quero ver então a gente gente gente...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

MEMÓRIAS DO JOVEM KAL-EL: ERA EU E MAIS QUATRO OU O DIA EM QUE VI MINHA VÓ PELA GRETA.

Éramos cinco... ou melhor: era eu e mais quatro. Foi numa tarde memorável há, mais ou menos, trinta e cinco anos... O ocorrido deu-se na quadra poliesportiva da Associação esportiva raul-soarense. A assistência lotava todo o entorno da quadra.
Semifinal da eliminatória de acesso aos jogos da tradicional Olimpíada de Raul Soares.
Travava um sensacional duelo a equipe da União Estudantil versus o gigante Sertac (time de um escritório de contabilidade) e da qual tive a honra de fazer parte daquele quadro.
A equipe, que eu então abrilhantara, não era lá um time muito técnico, no entanto possuía o tino para sacudir as redes adversárias. Jogávamos com virilidade, contudo, tínhamos extremado zelo pelas canelas opositoras.
Enfim, não éramos botineiros. Constavam da “ Lista de Biguá ” naquela época alguns nomes que atuaram naquela tarde, como: Jairo contador ( dono do time e, portanto, dono da bola); Geraldo Tancredo, o rompendor; Maurício Bom-Cabelo e Rola, sensacional dupla de zagueiros “passa-o-rodo”; Ivan (irmão do Neureni pé-de-pano), goleiro titular e esse humilde “beletrista” de alcunha Itamar Sócrates, afamado “ gooalkeeper”( como se diz na terra berço do futebol) ou, segundo os nossos patrícios, “guarda-redes”.
A União Estudantil era na verdade uma seleção de craques tais como: Paulim Gástrica, Silvim Paca, Paulim Telvino, Totone Sete e (Ihhhhhhh!!!!!) Romero do Silvio Nogueira, o terror do futebol do campo e de salão.
E foi justamente esse “animal impiedoso” que obrigou-me à pendurar o kichute.
Acontecia que, naquela trágica tarde, eu fazia parte do banco de substituição e, por infelicidade, o Ivan, já todo “ranhado” e la nhado de se atirar ao chão e de fazer pontes mirabolantes na busca de salvaguadar, à todo custo, as redes da nossa equipe... Eis que nos sucede o pior... não é que o “filho de uma boa senhora” me faz a gentileza de se contundir... ihhhh!!!!
Mal tive tempo de me aquecer e lá já estava eu debaixo dos três paus.
Madeira de dar em doido o tal Romero fitou-me com olhos sanguinários de touro flertando “El Cordobez”.
“ Cê besta, sô! ”, eu sei que teria que honrar as calças e, tal e qual o venerável Mercúrio, deus das nossas cores contabilistas, mas, no entanto, eu que não faço conta de cabeça ( fora, mentes poluídas de consciências dormidas e palavras emperradas...), aos vinte do segundo tempo, o Paulim Telvino lançou, lá na esquerda, aquela pelota redondinha, na medida pru “inguinorante” do Romero e ele veio, que veio; calção largo, só se ouvia o xulepe-xulepe do sacolejar dos documentos dele. Eu com a taquicardia muntada em cima, perdi o jogo das pernas, “regalei os zóios” e, exímio que era na arte da técnica do golpe-de-vista, assim fiz, quando aquela maldita bola envenenada rancando lasca da trave, estufou, arrebentando o encardido filó remendado. Daí minha vista escureceu e logo dei jeito de forjar acesso. Babei. Melei o jogo. Triste memória ocorreu-me nesse vinte e seis de abril, dia consagrado aos goleiros.
Daquela época resta apenas um dolorido retrato na parede onde se vê, em pé, da esquerda para a direita, na seguinte ordem:
João Eugênio, Jaime Rossetti, Elmo, Roldão, Benício, Walter, Cassiano, Zé Dutrinha, Itamar Sócrates, Paulim Fidélis, Luizim Paschoal, João Muranga, Ivan, Zé Carlos Mateus, Geraldim Comodoro, Eraldo, Julio Gantuso, Itamar Pedra, Sinfronim, Benjamin, Cláudio Jabuti, Afonso Pacheco, Taruga, Cláudio Espoleta, Celito, Zé Geraldo Fioravante, Zé Maria Tibiriçá e.....
E chorei. Chorei “mais angustiado que o goleiro na hora do gol”!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Eu sou apenas Clark Kent...

Um dia quando eu me despia da minha capa impenetrável,
da máscara de bom heroi,
descobri o quanto doi saber que todo super é vunerável na solidão da sua fortaleza...
O filho chora e a mãe não ver
nem você meu doce amor.
Ó, não!
Ó não se assuste, por favor, se lhe disserem
que o rei está nu,
que se revele a minha identidade
o que seria de mim, sem você?
No sigilo da intimidade, de verdade, eu não sou de ferro não!
Sou apenas um super, pobre super carente,
help-me! help-me!
Preciso do seu abraço, Sweet Miss Lane,
help-me! help-me!
Salve-me se for mulher,
que eu sou apenas Clark Kent.